Dia dos Pais

A SURPRESA

A SURPRESSANuma casa simples, de um lar cristão, mãe e filhos preparam uma surpresa para o pai.
O pai chega cansado do trabalho e os filhos estão escondidos.
Homenagem ao pai.

A SURPRESA

(Peça em 1 ato)
PERSONAGENS:
ROBERTO, o pai ;
SARA, esposa de Roberto ;
DIOGO, RODRIGO, FERNANDA, LUCIANA, filhos do casal;
OBSERVAÇÃO- A idade dos filhos variará de crianças a adolescentes, dependendo da direção da escolha de cena.
CENÁRIO- Uma sala bem simples de residência.
INDUMENTÁRIA- Roberto e Sara usarão roupas bastante simples, de gente pobre, da época atual. Os filhos entrarão com túnicas e mantos, arrumados de modo bem criativo, porém utilizando tecidos simples. Uma outra ideia é a utilização de papel crepom. Sara entra em cena e olha para o público como se estivesse olhando para uma estrada ao longe.
VOZ DE DIOGO:( de dentro) – Mãe, ele já vem?
SARA: Não, ainda não. Mas fique quietinho, sim?
VOZ DE FERNANDA: (de dentro)- Estou muito nervosa, mãe!… Não sei se o meu manto ficou legal…
SARA: (continuando a olhar a estrada) Ai, ai, ai! Fique calma, Fernanda! Pronto, lá vem ele. Fiquem bem quietos, hein?
ROBERTO: (chegando pela porta que dá para a rua, beija a esposa no rosto) Tudo bem? Mas que silêncio é este? Onde estão as crianças?
SARA: (escondendo um sorriso) As crianças? Ah! Sim… Será que elas estão dormindo?
ROBERTO: (sentando-se) Estou mesmo muito cansado. O serviço está aumentando cada vez mais na fábrica. Imagine trabalhar em dia de sábado até esta hora!
SARA: Ainda bem que amanhã poderá descansar…
ROBERTO: Que nada, preciso acordar cedo, pois não podemos perder a Escola Dominical.
SARA: É mesmo. E amanhã é um dia especial.
ROBERTO: Especial?
SARA: Sim, o Dia dos Pais. Esqueceu?
ROBERTO: É mesmo! (levanta-se, preocupado) Mas as crianças estão mesmo dormindo ?…
SARA: Não. É que prepararam uma surpresa para você.
ROBERTO: Surpresa? (sem jeito) Mas que ideia…
SARA: (chama) Crianças está na hora! (Entram todos, vestindo cada um a personagem que ensaiara)
TODOS- É pra você, papai esta representação. O presente mais bonito, porque vem do coração.
LUCIANA: Eu quero ser como Lídia, que, tendo aceitado Jesus, colocou sua casa e a vida a serviço do Mestre.
RODRIGO: Quero ter sempre a coragem de Paulo, que jamais deixou de anunciar as boas-novas de salvação.
FERNANDA: Para com todo o desejo ter um amor como o de Dorcas, que, com os pobres, tanto se preocupava.
DIOGO: Estudar sempre, papai, é o que eu mais quero; para assim, como Moisés, ficar bem preparado para o que Deus determinar.
TODOS: E feliz Dia dos Pais, papai querido!
LUCIANA: Desculpe se não temos presentes embrulhados em fita e papel.
RODRIGO: O que temos, é nosso desejo sincero de sermos sempre bons filhos.
FERNANDA: E cristãos de verdade!
DIOGO: Tão fiéis e corajosos como aqueles de que fala a Palavra de Deus.
TODOS:E que Deus o abençoe, papai! (Roberto e Sara aplaudem, emocionados)
ROBERTO: Muito obrigado, filhos. Nenhum presente, por mais caro que fosse, teria tanto valor como este. Espero que nunca esqueçam este dia e que possam lembrá-lo sempre, por toda a vida…
LUCIANA: Lembrar a dedicação de Lídia,
RODRIGO: a coragem de Paulo,
FERNANDA: um amor como o de Dorcas,
DIOGO: a determinação de Moisés.
SARA: (para o esposo) Gostou da surpresa?
ROBERTO: Muito. Estou feliz por vocês, meus filhos.
SARA: E nós por você, querido. Feliz Dia dos Pais!
TODOS: sorrindo, dirigindo-se ao público- Feliz Dia dos Pais!
(Terminando, cantam alegremente um hino apropriado ao dia).

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PAI É OUTRA COISA

PAI É OUTRA COISA Os pais têm reações diferentes, formas diferentes de educar, orientar, exigir… dos filhos.
Os pais querem o melhor para os seus filhos. Ao expor formas tão diferentes de agir, torna-se uma comédia.

Homenagem aos diversos tipos de pais.

NARRADOR – Pai é outra história. Pai chega cansado do serviço precisando dormir só um pouquinho no sofá.
(Entra o PAI, cansado, e desaba no sofá)
NARRADOR – Só um pouquinho: 9 ou 10 horas…
FILHA 1 (off) – Mãe: posso ir na balada?
MÃE – Não sei, minha filha. Pergunta pro seu pai.
FILHA 1 – (off) Ta bom. (entra) Pai?
PAI – (ronca)
FILHA 1 – (senta no braço do sofá) Sabe pai: hoje é dia de balada, né? Todas as minhas amigas vão.
PAI – (ronca diferente, mais ameno)
FILHA 1 – Então eu vim pedir pro senhor: deixa sua filha querida ir também?
PAI – (silêncio)
FILHA 1 – (dramática, se ajoelha perto do sofá) Deixa, vai! Minha vida pode depender disso!
PAI – (ronca)
FILHA 1 – Eu sabia que você ia deixar! Pai, você é um amor! (vai saindo) Mãe, ele deixou…
(enquanto o Narrador fala o Pai se levanta meio dormindo e sai)
NARRADOR – Mas tem pai que é radical. Com ele não tem conversa não, falou ta falado e não adiante discutir.
(Entram filho 2 e Pai, que entra lendo jornal)
FILHO 2 – Pô pai, deixa eu ir na balada, vai?
PAI – Não.
FILHO 2 – Só um pouquinho.
PAI – (inflexível) Não.
FILHO 2 – Puxa vida, viu? (ameaça chorar) Eu não posso fazer nada do que eu quero?
PAI – Não.
FILHO 2 – Você não sabe falar nada além de “não”?
PAI – Não.
(O Narrador entra e os 2 saem)
NARRADOR – Tem pai que é assim, sempre tem uma condição pra tudo…ou é dessa forma ou nada feito.
(Entram Filha 3 e Pai)
FILHA 3 – …daí eu queria sair com minhas amigas. Você deixa?
PAI – Depende.
FILHA 3 – Depende do que?
PAI – De uma coisa?
FILHA 3 – (com receio da resposta) Do que?
PAI – De você levar seu irmãozinho junto.
FILHA 3 – Pô pai: isso não é justo. Levar o Junior junto não.
PAI – É isso: ou o Junior vai junto ou não vai ninguém.
FILHA 3 – Mas ele só atrapalha…
PAI – Ele é seu irmão caçula, Ele não atrapalha.
FILHA 3 – Mas pai.
PAI – É isso ou nada.
FILHA 3 – Ta bom, viu… Ô Junior!
(Entra o Junior, um cara bem mais alto que a irmã, bermudão, boné virado pra trás, camiseta larga, meio xarope.)
JUNIOR – Fala aí.
FILHA 3 – Vamos sair comigo.
JUNIOR – Pra onde?
FILHA 3 – Com as minhas amigas.
JUNIOR – Ah não. Brincar de Barbie de novo não.
FILHA 3 – A gente não brinca mais de Barbie, viu… seu feio. (sai chorosa)
(O Pai e Junior sorriem e batem as mãos comemorando que conseguiram de novo… Saem)
NARRADOR – É, tem pai de todo jeito. Tem pai que é meio democrático… Tenta ter sempre o controle da situação mas não é fácil…
(Entra o Pai lendo uma revista e senta no sofá. Depois entra Filho 4)
FILHO 4 – Paiê.
PAI – O que é?
FILHO 4 – Seguinte aí, véio: to querendo “saí” com a gata.
PAI – Pode ir, meu filho.
FILHO 4 – Não, véio. (à platéia) Ele não sacou… Seguin: preciso de grana.
PAI – Grana?
FILHO 4 – É: verba. Verdinha. Dinheiro.
PAI – (suspira e já vai pegando a carteira) De quanto você precisa, meu filho?
FILHO 4 – Bom, pra fala a verdade…
PAI – Deixa pra lá. O que eu posso te dar é isso. (dá dinheiro na mão do filho)
FILHO 4 – Só isso, pai? Isso não paga nem o x-salada…
PAI – (suspira mais fundo) Ta bom. Mais isso e chega.
FILHO 4 – Falô, véio. Tu é da hora. (vai saindo)
PAI – É? De que hora?
(Entra a Filha 4)
FILHA 4 – Paiê.
PAI – O que é?
FILHA 4 – Seguinte aí, véio….
PAI – Véio, não! Pai! Ai que saudade do tempo que você me chamava de papai…
FILHA 4 – Ta bom, pai. É que eu to querendo sair com meu gato…
PAI – E desde quando você tem gato? Você é alérgica a gato, lembra?
FILHA 4 – Namorado, pai.
PAI – Mas já? Assim, tão criança? Ainda ontem você brincava de boneca.
FILHA 4 – Ô, pai: se liga. Isso faz tempo. To em outra onda agora.
PAI – Pois acabou de cair da onda de cara na areia. Nada de gato, nem onda.
FILHA 4 – Então não vou poder sair com o Bazuca?
PAI – (espantado) Bazuca? Isso é nome de gente ou de arma?
FILHA 4 – É o apelido do meu namorado.
PAI – Pois então ele deve ser muito feio e eu estou te fazendo um favor. Vai ajudar sua mãe a lavar louça.
FILHA 4 – Mas o meu irmão o senhor deixou, né?
PAI – É. Mas ele é homem.
FILHA 4 – Puxa vida, viu? Eu queria ter nascido homem. (sai)
PAI – Daí você não ia poder namorar o bazuca… (sai)
NARRADOR – Tem pai que é todo desconfiado, aquele do tipo todo cuidadoso e disfarçado.
NAMORADO – (Já chega entrando) Daeee Sogrãooo!!! Eu trouxe uns DVD’s pra assistir com a Carlinha, ocê chama ela pra mim?!
PAI – (desconfiado) Tá bom, ela já deve estar vindo…
FILHA 5 – Oi meu lindo… que bom que você veio!
(Os dois se sentam no sofá e o pai se retira mas acompanha a cena, assim que o casal vai ficando mais juntinho ele entra)
PAI – (senta bem no meio deles) Opa! Preparei uma pipoquinha quentinha pra gente assistir ao filme juntos…
(O casal faz uma cara feia e se retiram um para cada lado)
NARRADOR – Tem pai que é moderninho e acompanha a filha pra balada e tudo e chegando lá acaba ficando de boa.
(Entram 2 pessoas que tiram o sofá e objetos de cena da sala)
(Entram Pai e Filha 6 )
PAI – Pode curtir, minha filha. Eu vou ficar no bar.
FILHA 6 – Belê! (vai se encontrando com o pessoal) Jack! Amandinha!
JACK E AMANDINHA – U-rú! Ela chegou!
FILHA 6 – Isso aí!
JACK – E adivinha quem está aqui?
FILHA 6 – Não!
AMANDINHA – Ele mesmo! O Edu em pessoa!
FILHA 6 – (comemora com as amigas)
JACK – Ele vem vindo aí.
FILHA 6 – Disfarça.
EDU – E aí mina? (dá um beijinho no rosto dela)
FILHA 6 – (meio sem graça) E aí?
EDU – Vamos nessa?
FILHA 6 – Vamos.
(Os dois saem pra dançar um música lenta. As amigas ficam em estado de êxtase na hora. Enquanto dançam moças vão se aproximando do pai da Filha 6. De repente várias moças estão ao lado dele.)
EDU – Ei, quem será aquele cara?
FILHA 6 – Quem?
EDU – Aquele velho ali, ó! Ta cheio de mina em volta dele.
FILHA 6 – Aquele… é o meu pai! (para de dançar)
EDU – Que foi, gata.
FILHA 6 – Não é com você, Edu. (vai até o pai) Pai: o que está acontecendo aqui?
PAI – Nada. Eu só estava conversando.
FILHA 6 – (pega o braço do pai e vai puxando) Estava. Vamos embora.
PAI – Que é isso, filha?
FILHA 6 – Vamos embora! (vai puxando o pai)
PAI – Mas não era você que queria vir na balada?
FILHA 6 – Perdi a vontade… Vamos!
PAI – (saindo puxado, olha pra trás) Tchau meninas. (acena)
FILHA 6 – Que vergonha! Elas tem idade pra ser suas filhas.
PAI – Eu sei. São todas suas amigas…
(saem. Volta o NARRADOR)
NARRADOR – Mas pai também tem um outro lado… Apesar de intrigas e conflitos entre pais e filhos, sempre existe um lado que prevalece tudo.
(vão entrando os pares de pais e filhos)
FILHA 1 – (chorando) Pai: descobri que o Davi tinha outra namorada…
PAI – (consola) Ô, minha filha… Não fica assim não com certeza ele não te merecia, e você merece algo melhor, não fica assim não ta, eu sempre vou estar aqui!
FILHO 2 – Pai: bati o carro.
PAI – Você se machucou? Tudo bem?
FILHO 2 – Eu to bem, pai. Mas o carro…
PAI – Carro a gente conserta, filho. Você é mais importante. (Abraça-o)
(Os outros pais e filhos entram. Música)
NARRADOR – Às vezes ele até parece um estranho. Porque trabalha tanto fora de casa que você quase não o conhece. Mas acredite: ele trabalha por você. É pra garantir um futuro melhor pra você que ele acorda cedo, se mata de trabalhar e depois volta cansado pra casa e desaba no sofá.
Daí a gente acaba ficando mais próximo da mãe do que do pai. Vai ficando aquela distancia que ninguém sabe explicar. Aquela distancia que nem ele nem você tentam diminuir.
Então faça assim: dê o primeiro passo. Tente conhecer mais seu pai. Você vai ver que ele é um cara legal. Um cara que também já teve a sua idade e pode te entender melhor do que você imagina. Alguém que só quer o seu bem, sempre, mesmo quando tem que dizer não.
Por isso aproveite que hoje é dia dos pais e dê um abraço nele. Lembre-se: seu pai não vai estar por aqui pra sempre.
TODOS – Feliz dia dos pais!

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